Não sonhei com nada e de lá saiu Rita Rufles.
Linda como uma carniça sendo devorada por vermes fluorescentes. De cabelo moicano e coturnos embarrados, coçava sua genitália depois da orgia da noite passada com três ratos dentro de uma lata de lixo.
Nas manhãs que nunca amanhecem, alimentar-se é um putzzz... e agora?
Olhos serenos. Boca carnuda e nariz vermelho, corpo e seios de uma adolescente que em vão procura por seu porrete: única companhia que lhe resta, pois sua aventura urbana é tão caótica quanto a metrópole que a engoliu, e agora quer vomitá-la.
Com os braços furados e as veias abertas, Rita soluça, sua cabeça bate no céu.
Cidade das agulhas, céus de concreto.
Deus rato eu te amo.
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