A PELE DO CONCRETO

PROPOSTAS VISUAIS PARA UMA REVOLUÇÃO ARTÍSTICA EM ALVORADA

A pele das cidades metropolitanas e periféricas são quase que exclusivamente cobertas de um único matiz: o concreto, frio, insensível, calado. Dos Imensos prédios imponentes parecendo mortos desde que nascem passando pelos muros sempre em branco neve são barreiras sólidas que separam muito mais que apenas territórios. Prédios e muros dividem sentidos e atitudes, usados como proteções na realidade separam vidas e sentimentos. Já são ruínas mesmo quando estão em construção1. Na arquitetura caótica da cidade “pós-moderna” até onde pode chegar a massificada estética urbana? Invadida pelos “outdoors” publicitários nos centros consumistas, a pele da cidade torce e se contorce, enruga-se, se suja e se polui esgueirando-se pelas ruas que parecem veias, nelas as “células automobilísticas” transportam “sangue urbano” a energia vital para manter a cidade viva.
Pensar a cidade como algo vivo que se movimenta quase por vontade própria nos sensibiliza a imaginar o concreto como a pele da cidade, que conforme o ambiente em que se insere adquire nuances diferentes. Do centro a periferia a pele transpira, clamando por algo, por renovação estética, por revolução estética. A pele da cidade precisa ser maquiada, pintada, ou “tatuada” talvez assim resista às investidas da uniformidade arquitetônica.
A pele tatuada se diferencia o concreto grafitado se renova. Transpirando arte urbana assim chega a resposta estético-visual ao poluído concreto das metrópoles, a revolução artística iniciada pelo graffiti, pintura mural, stencil, cartazes e todos os estilos da arte de rua invadem cada canto, cada prédio. Se o muro já não basta alcancemos o impossível, invadamos espaços e lugares inimagináveis.

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